domingo, 1 de maio de 2011

SHUVANY

Os ciganos foram e continuam sendo nômades. Eles sempre se mudavam com muita constância.
Na sua origem, as crenças religiosas dos ciganos eram pagãs; porém, com o transcorrer de muitos séculos de nomadismo, eles acabaram assimilando uma mistura de credulidades e ensinamentos não pagãos (judaicos e cristãos).
Isso aconteceu, porque independente do que os ciganos preservavam das suas tradições, eles tiveram que adotar (Ao menos na aparência) a crença religiosa de seus vizinhos mais próximos, pois só assim conseguiam evitar conflitos.
Toda a magia praticada pelos ciganos envolve o uso de elementos naturais ou melhor, daquilo que é encontrado na natureza. A não ser que haja muita necessidade é raríssimo encontrar um cigano comprando qualquer artefato manufaturado para suas práticas místicas.
Augúrios, tabus e profecias: tudo isso faz parte da vida cotidiana dos ciganos.
O cigano tradicional faz uso da sabedoria das ervas, da magia básica e dos oráculos para os assuntos práticos de sua vida.
O conhecimento das ervas é essencial a sua prática de cura.
Os feitiços e encantamentos também são empregados por esse povo, no sentido de influênciar os acontecimentos de maneira favorável. E se valem ainda da “Visão”, que é sempre utilizada para guiá-los e auxiliá-los a vislumbrar as melhores decisões a serem tomadas.
Todas essas práticas são manuseadas pelas Shuvanis, denominação dada as bruxas e às xamãs ciganas.
A Shuvani é aquela que guarda a magia, os ritos e as superstições da tribo. Portanto quando é necessário, elas podem abençoar ou curar. E os seus poderes, que se assemelham aqueles dos antigos povos pagãos, estão enraizados na crença de que existem os espíritos da terra, da água e do ar, das florestas e dos campos.

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