segunda-feira, 29 de agosto de 2011

SELVAGEM E LIVRE

SELVAGEM E LIVRE, EU BRUXA






"A bruxa que existe em mim sou eu em espiral


Entre mim e o amanhã, morrendo e nascendo.


A bruxa que sou Nina o ventre em cada menstruação


E reverencia a Deusa Mãe a cada lua que nasce


A cada lua que se vai.
 
Deus, é o Sol num fluxo de estações


Germinando as sementes no útero da Terra.


A bruxa que em mim habita


Alimenta o fogo com suas sementes e folhas


E recolhe mensagens ao vento.


Eu bruxa escuto o pio das corujas


E com eles antevejo o amanhecer.
 
Das flores o firmamento e a efemeridade


Dormem em meio seio


Então sou donzela, mãe e anciã.


As marcas eternas nas mãos


As águas dos rios em minha Terra


Correm em abundância


E marcam cada face de minhas marés.
Eu Bruxa estou a devorar o tempo


E acalmar a ventania


Marcando as luas e os sóis na roda da vida


Selvagem e livre".
 

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